Nasceu de uma erupção vulcânica submarina e foi moldado pelo mar. Este singular ilhéu, localizado a poucos metros da costa de Vila Franca do Campo, na ilha de S. Miguel, tem resistido à erosão inerente à passagem dos anos. Os únicos habitantes deste pequeno paraíso natural continuam a ser as plantas e os animais. Os humanos são bem-vindos, mas apenas podem usufruir deste espaço, com uma área total de 95 hectares, com regras e apenas durante algumas horas do dia.
No interior do ilhéu, que já abrigou várias embarcações de tempestades e conflitos, há uma baía quase circular, que resultou da cratera do um vulcão extinto há mais de quatro mil anos. Mede aproximadamente 150 metros de diâmetro e tem cerca de 20 metros de profundidade. Comunica com o mar através de uma pequena passagem, designada por boquete.
A esta Reserva Natural estão associadas várias histórias e lendas, que têm passado de geração em geração. Durante séculos foi tido como o local ideal para construir um porto de abrigo, mas o sonho nunca se concretizou. Também neste ilhéu terão ocorrido encontros e conversas secretas sobre o futuro dos Açores. Muitos outros episódios são narrados pelos habitantes de Vila Franca do Campo, habituados a olhar diariamente para um símbolo do concelho e, ao que dizem, “um dos mais belos ilhéus que existem no mundo”.
Mais do que miradouro ou marco turístico regional, o ilhéu é cada vez mais reconhecido mundialmente pela sua riqueza e interesse ambiental. É uma zona de nidificação e passagem de algumas espécies de aves marinhas, como o cagarro e o garajau comum, o que fez com que o ilhéu fosse incluído na lista internacional “Important Bird Areas”, da “BirdLife International”. Mais recentemente, a realização de uma etapa do Red Bull Cliff Diving World Series no ilhéu de Vila Franca do Campo tem levado imagens deste local idílico e das suas águas límpidas um pouco por todo o mundo.
Para mais informações visite o site oficial do Turismo dos Açores em www.visitazores.com.
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